Uma das possíveis consequências da endometriose não tratada ou com tratamento tardio é a infertilidade, o que gera muita preocupação entre as mulheres, especialmente entre aquelas que não são mães. Quem ainda não foi diagnosticada e está tendo dificuldade para engravidar pode pensar que tem a doença. No entanto, é preciso cautela.
Segundo o ginecologista Alexandre Brandão Sé, os problemas para engravidar serão um sinal de endometriose se estiverem associados à dor na relação sexual ou à cólica menstrual. “Existem inúmeras causas de infertilidade. Elas podem estar associadas a fatores masculinos (30% dos casos), femininos (30%) ou ambos (30%). Em 10% dos casos de infertilidade, não sabemos a causa”, afirma o médico.
Endometriose não é a única doença que prejudica a fertilidade
Mesmo entre os fatores femininos, além da endometriose, existem outras doenças e problemas que podem tornar uma mulher infértil e que deverão ser avaliadas pelo especialista. Existem os fatores ovulatórios, em que a paciente tem problemas para ovular, como a síndrome dos ovários policísticos e a menopausa precoce, e as causas anatômicas, como pólipos e miomas, categoria em que a endometriose também está inserida.
Para confirmar se a dificuldade para engravidar é consequência da endometriose, o ginecologista analisa outros sintomas. “Em muitos casos, a cólica menstrual incapacitante é o primeiro sinal da doença”, explica o médico. Como o intestino e a bexiga encontram-se localizados na região pélvica, eles também podem ser comprometidos pela endometriose. Além disso, com o passar do tempo, a mulher passa a sentir dor pélvica contínua.
Quais são as opções da mulher com endometriose e infértil?
Se a paciente tem infertilidade e endometriose, seu caso deve ser avaliado individualmente, mas existem algumas opções. “Se a mulher possui trompas normais, ela pode fazer a cirurgia e tentar gravidez espontaneamente ou avaliar a realização da fertilização in vitro (FIV). Se as trompas estão alteradas, ela deve fazer a fertilização. Em alguns casos de doença muito avançada, opta-se por fazer primeiro a cirurgia e depois a FIV. Em casos de doença mais leve, é possível tentar fazer a FIV antes de operar”, informa o ginecologista.
COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
Dr. Alexandre Brandão Sé
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
CRM: 15796 / DF
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA